A natureza nos convida à contemplação e como é gratificante apreciá-la! Quase sempre as janelas embaçadas de nossas casas e carros dificultam a visão, mas a higienização adequada rapidamente as fazem brilhar.
E quando olhamos as pessoas ao nosso redor: familiares, amigos ou conhecidos e a janela da nossa alma está turva, impedindo de enxergarmos adequadamente? Observamos no outro as falhas que carregamos, indelicadeza nas brincadeiras e crítica nas piadas.
Nos preocupamos tanto com nossas redes sociais e de networking e esquecemos a importância das relações interpessoais reais e diretas.
O produto necessário à limpeza da alma não está à venda, também não encontramos manual de instruções nas prateleiras. Requer tempo, dedicação e desejo. Ninguém fará por nós.
Dica de exercício: Pense em alguém cujo carinho que você sente é imenso. Transporte esse sentimento para aqueles que encontrares, não importa quem. Assim como você, essa pessoa tem quem a ame, torce e vibre por ela. Sinta esse coração.
Quando nossos interesses se modificam, os olhos continuam os mesmos, mas o olhar se torna ameno, doce e compreensivo.
Evidente que nem tudo são flores. Ouviremos palavras duras, mas o que são ruídos agressivos serão sons pedindo socorro. Porque a violência é desejo de paz sem a mediação do bom senso.
Sentiremos ainda a indiferença e o desprezo, mas o silêncio será nossa resposta, afinal “você quer ter razão ou ser feliz?” Uma paz interior nos envolverá gradativamente, levando à leveza no agir e pensar e, posteriormente, no sentir.
Tenhamos em mente que cada um higieniza a sua janela quando se sente disposto e amadurecido.
Registremos o grandioso ensinamento de Chico Xavier: “Aos outros, dou o direito de ser como são. A mim, dou o dever de ser cada dia melhor”.
Ana Dinnebier