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Quando alguém aguarda

O que te faz pensar que ele (a) não precisa de você?

Deduzimos que quem encontramos no ambiente de trabalho, no elevador, no almoço do final de semana, na rua, não merece a nossa atenção. E as desculpas chovem: estou cheio de trabalho, não o conheço, quero me divertir, estou com pressa.

Pensamos: “Por que está triste? Não lhe falta nada”. “Por que está aborrecido? Acabou de voltar de viagem!” Quando acreditamos que estas “coisas” suprem necessidades maiores, ainda não entendemos a vida.

Fechados em nosso mundo íntimo simplesmente passamos pelos outros, em vez de senti-los. Li certa vez que “a gentileza é o charme da educação!” Ser gentil não é apenas abrir a porta, carregar uma sacola, oferecer ajuda material.

E quando esse indivíduo próximo não precisa disso? Afinal, “não lhe falta nada!” Aí surge um colega que compartilha as dores íntimas daquela pessoa e nos sensibilizamos, queremos ajudar, nos aproximamos. Mas por que esperar conhecer essa fragilidade para agir em seu benefício?

Doemos um pouco de nós, do nosso tão precioso tempo, do qual ultimamente não abrimos mão. Não deixemos que a tristeza aumente, que a aflição se instale, que a sensação de abandono se aproxime, estejamos lá com o apoio amigo.

Que sejamos gentis com todos. Ouvir o desabafo, silenciar no descontrole, ver com amor.

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