Vidas se embaraçam
entrelaçando contínuas
descortinando vazias
fisicamente esvoaçam
Majestoso mecanismo
a muitos desconhecido
angústia das viagens
de caminhantes aturdidos
que seguem sem bagagem
pelos projetos esquecidos
Olvidam planos traçados
tarefas ansiadas
trabalhos requeridos
e concessões delegadas
Tal qual a semente
no seio da terra fria
no íntimo palpitante
pelo sol de cada dia
Imitemos aquela flor
que ávida procura a luz
não há vida sem amor
que brilha, que reluz
A embarcação no cais aguarda
o viajante extenuado
pelo cumprimento do dever
há muito desejado
Renova, cresce, avança
acredita, confia também
a paz interior alcança
no comprometimento com o eterno bem.
Ana Dinnebier